Qual relação existe entre o Câncer e a Saúde Mental?
Por: Rivane Montenegro
Em 1931 um aluno de Jung chamado Evans realizou vários estudos e encontrou um fato comum entre os indivíduos de um grupo de 100 pessoas: “perderam uma parte de suas relações antes da neoplasia”. Le Shan, em 1956 observou o mesmo e complementou que antes da manifestação do câncer nos indivíduos alguns fatores são comuns:
- perda de uma relação significativa
- incapacidade de expressar sentimentos hostis
- grande tensão na relação com uma figura parental
- sentimentos de desamparo e de desesperança.
Seu estudo sugeriu que os indivíduos com câncer têm uma vida particular de abandono, solidão, culpa e autocondenação. Além disso, estes indivíduos apresentavam-se em um total “desespero de serem elas mesmas”, complementa Kierkegaard. Esse breve histórico sobre a relação entre o câncer e o estado psíquico do indivíduo serve para que possamos refletir sobre a ‘fala do corpo’ diante de suas inquietações e desconfortos.
Já passaram por aqui vários indivíduos com histórico familiar, mães, tias, avós, mulheres que tiveram suas vidas afetadas pelo câncer, essa doença devastadora. Muitas histórias e a necessidade em harmonizar as histórias entre a esperança de que tudo vai ficar bem e também enfrentar a realidade de acordo como ela acontece.
Redução de danos também é um assunto bastante debatido e nos faz questionar os limites de cada um e aos que estão perto compartilhando os acontecimentos e entendendo os sentimentos e ações de cada indivíduo. Segundo o INCA o câncer de mama é a primeira causa de morte em mulheres no Brasil, o que reafirma a fundamental importância da prevenção, não é a toa que o mês de outubro é dedicado a este cuidado. Então se você perceber algum sinal ou histórico familiar,
planeje uma avaliação periódica para prevenir essa doença e faça sempre o autoexame no espelho.
E você, já parou para se refletir hoje?